sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Eu, tu e as crónicas da Maria!

Delicio-me quando leio as tuas maravilhosas crónicas da Maria! Por momentos a minha mente viaja e vou buscar ao " baú das memórias " outras histórias, passagens que a memória não apagou e que voltam a ficar mais nítidas...Hoje vou escrever-te as minhas memórias com a Maria, apenas algumas passagens em que a Maria teve o papel principal, e influiu na forma como me senti e vivi também esses momentos!
Dez anos nos separam em idade e tu terias uns dezasseis ou dezassete anos, e eu uns seis ou sete.Tinhas interrompido a escola para cuidar dos teus irmãozinhos mais pequenos, porque a mãe durante as vindimas no Tio Carlinhos tinha caído da escada e partido um braço. Não me lembro se assisti à queda mas a minha memória guarda a imagem dela em cima da escada num determinado sitio da ramada, mais junto à casa para o lado do caminho!
O que é certo é que ficaste em casa... e lembro-me de me ter sentido uma criança a sério!Fazias-me ovos cozidos à la Cock, que deves ter aprendido nalgum programa de televisão, e eu deliciava-me com eles ao pequeno almoço, porque felizmente os ovos ainda eram dos poucos ingredientes que ia havendo com relativa facilidade...
Depois no quarto verde, que eu partilhava com a outra Maria, fazia-me sentar na mesa oval de madeira( que era também a nossa tábua de passar a ferro- quando protegida por um cobertor pequeno, grosso e castanho) e davas-me um daqueles livrinhos com desenhos para colorir, que alguém nos deve ter dado! Lembro-me de pensar que isso era o que deviam fazer as crianças de famílias abastadas!!!!!!!!
Na sequência desse ano em que ficaste em casa, quando a mãe melhorou foste trabalhar para a Fábrica! A mesma fábrica que te deixou marcas profundas no corpo e penso que na mente, derivado ao acidente que aconteceu!Mas antes do acidente, tenho memórias dos amendoins com casca que compravas no senhor Pinto e que iamos comer para os campos do Sr Joazinho dos Silvões! Lambuzavamo-nos com tamanha iguaria!
Do acidente, lembro-me particularmente da Miquinhas Cantoneira vir dar a notícia! Eu estava ao pé do tanque e lembro-me de ter sentido um nó no meu peito, talvez resultante da reação da mãe, uma vez que pela minha idade não sei se me apercebi bem da situação. 
Lembro-me das ligas elásticas que usavas no braço e na mão e penso que saíste do hospital no dia da comunhão do nosso João e que coincidiu com o dia do teu aniversário!!!!
Penso que foi também nesta altura que fui operada às amígdalas, no Maria Pia, porque quando tive alta, tenho a imagem de que foste tu ,que tinhas ido a uma consulta, que me trouxeste de volta a casa!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Francesinha -experiência nº1

Por este dias decidi experimentar fazer francesinhas em casa! O molho ficou um pouco espesso demais...mas o sabor estava lá! Vou continuar a aperfeiçoar a receita !

Deram-me uma banana# literalmente

Ontem fui surpreendida! Uma colega de trabalho, que no dia anterior muito gabava as suas bananinhas, da Madeira, é claro...ontem ofereceu-me uma banana! 
E como não apareci na sala dos professores, deixou-me a dita na minha secretária com um bilhete bem simpático! Gostei, não só pela banana, que era de facto deliciosa, mas pelo gesto...Obrigado Helena !
Imagem retirada da internet

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

20 de fevereiro!

Há 5 anos viveu-se história por estes lados! Lembro-me como se fosse hoje...O dia amanheceu muito chuvoso e optamos por ficar em casa, coisa rara e ainda antes de nos termos dado conta da gravidade do que estava a acontecer!
No dia anterior tinha estado no centro do Funchal, com o carro num dos parques de estacionamento mais afetados, o do Anadia!
No sábado, tudo desabou! Ainda bem que a nossa sensatez não nos mandou para o meio da confusão!
Nesse dia as comunicações falharam e a família do outro lado do oceano estava aflita com falta de informação! Felizmente tudo correu bem para nós...mas deixou marcas na maior parte das pessoas! Dai em diante quando chovia com mais intensidade o medo estava bem presente nas pessoas! E todas elas têm histórias desse dia para contar...
Muitos dos estragos ainda hoje são visíveis e alteraram indubitavelmente a paisagem que nos rodeia...Se os madeirenses aprenderam alguma coisa com a tragédia???? Os governantes parece que não, a julgar pelas obras bonitas, mas pouco prudentes que continuam a fazer!


Bom dia 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Interrupção de Carnaval # e uns dias perfeitos em familia -parte II

Aproveitei estes dias de interrupção letiva para fazer algumas coisas que noutras alturas é mais difícil, por falta de tempo, vontade ou motivação! Umas limpezas e arrumações mais aprofundadas e aqui e ali! Destralhar e arrumar umas roupas que deixaram de servir à L. Cabeleireiro mãe e filha, pintura de unhas à pequena, que não parava de pedir... e como é carnaval!!!!!!!!!!Ficou maravilhada!
Além destes pequenos mimos também passeamos bastante e tiramos umas fotos fantásticas, penso eu!!!!!!!!!
Um bom dia para todos !







quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Do desfile de carnaval e as criações que desenvolvi...

O tema era a arte e como subtema escolhi Alta costura...juntei um pouco da cultura Madeirense e záas trás!!!!!!!!!As fotos não lhes fazem justiça!em breve colocarei outras ...















terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Interrupção de Carnaval# e uns dias perfeitos em familia

Olá a todos! Por cá o tempo tem sido amigo e nestes dias de Carnaval o tempo tem estado maravilhoso... na sexta desfilei na baixa de Câmara de Lobos com a minha escolinha e com os meus meninos vestidos a rigor...foi um mês extenuante para fazer os fatos, mas o resultado agradou-me bastante!
No fim de semana não assistimos a nenhum desfile, dos muitos que há pela ilha, porque o Carnaval não nos agrada particularmente, mas passeamos muito e divertimo-nos muito.Nos entretantos tivemos um lanche em família com o primo Filipe e família, que também está por cá! Foi muito agradável e as miúdas brincaram muito juntas...Momentos assim não têm preço!




sábado, 7 de fevereiro de 2015

Há 11 anos na ilha

Olá a todos(as) os que por aqui passam!
Tenho andado um pouco ausente do blog e a falhar redondamente no meu objetivo de um post por dia!!!!!!Mas quando o tempo é pouco e a inspiração para a escrita não está nos seus melhores dias, mais vale estar quieta...
O que me leva hoje a escrever é mais uma reflexão da minha vida como "insular", que fez dia 4 de fev onze aninhos!
O ano de 2004 estava ainda nos seus inícios e eu com o curso terminado em julho de 2003 continuava desempregada. Passava grandes temporadas no Porto em casa do mano, por assim me ser mais fácil procurar um trabalho. Mas a demanda era infrutífera, envieei currículos, entreguei muitos em mão, lojas, escolas, centros de explicações... mas nada! Andava desanimada com a vida.Meados de Janeiro sou contactada por uma escola ou centro de explicações, não me recordo bem! marcam entrevista  para dia 30 de janeiro. No dia 29 o meu avô falece!!Ligo para tentar mudar a data da entrevista, dizem que não é possível e são bastante insensíveis...Sinto-me revoltada!!!!! Mas , paciência, não posso deixar de estar com o meu avô na Hora da despedida.
Dia 30 já em Amarante o meu amigo Vitor liga-me e diz -me que uma colega de curso foi chamada para a Madeira e que está poucos números à nossa frente na lista!A esperança renasce...! finalmente dia 3 ou 4 ligam para casa dos meus pais, eu estou no Porto mas lembro-me como se fosse hoje! Estava num cafezinho dum pequeno centro Comercial " Chão Verde" ao pé da casa do mano!o meu coração quase que salta do peito! Foi um misto de entusiasmo e medo ao mesmo tempo!
A partir desse momento foi um rodopio, marcar viagem por telefone, malas e preparar todas as papeladas que pudessem fazer falta!
E no dia a seguir a missa do sétimo dia do meu avô, lá vim eu com 23 aninhos acabados de fazer!
 O mano mais velho levou-me ao aeroporto, esteve comigo até ir para a zona de embarque , pagou a viagem e emprestou-me algum dinheiro para aguentar o primeiro mês.!!Um outro mano, deu-me 200 euros para me ajudar neste inicio difícil! E todos os outros desdobraram-se em esforços para ativarem os seus contactos com alguém conhecido por estas paragens que me pudesse amparar.
Nunca antes tinha entrado num avião, PÂNICO, e ainda por cima a fila onde me sentei, se não me engano a F, não tinha mais ninguém!Lá vim eu a "chorar baba e ranho", num misto de entusiasmo e excitação!
Devo dizer que tive muita sorte desde o início. No aeroporto um conterrâneo foi-me buscar e albergou-me em sua casa temporariamente!Os primeiros tempos não foram fáceis, mas a família ligava frequentemente, preocupada com a a caçula e deram-me muito apoio.
O resto foi acontecendo, os dias foram passando e os anos também!E aqui estou eu numa terra que não sendo a minha, me acolheu, onde me tornei esposa e mãe e numa mulher completa e feliz!É nesta terra que as pessoas me reconhecem na rua, no supermercado, nos correios, no ginásio...E sete casas depois... hoje vivo na casa a que chamo Lar, a minha Casa!